O ensaio a seguir remete a uma discussão iniciada na década de 60 pelo designer francês André Courrèges. Contagiado pela Space Age e pela chegada do homem à Lua, em 16 de julho de 1969, entendeu que a percepção do futuro começava naquele momento e iria muito além da ciência. Seria traduzido em mudanças abruptas no modo de vestir da mulher daquele período. Assim, saias de PVC, vestidos repletos de recortes geométricos e botas go-go passaram a integrar o guarda-roupa feminino.
Quase seis décadas depois do feito, o assunto continua fascinante. O homem segue se aventurando em missões espaciais grandiosas – que o diga o Tesla Roadster enviado a Marte no último mês de fevereiro. A moda, por sua vez, pega carona nessas expedições e em tudo que remete à tecnologia, no uso tanto da paleta de cores metálicas como de matérias-primas inteligentes.
Do plástico substituindo o clássico tweed na passarela da Chanel de Karl Lagerfeld à crença de Alessandro Michele, da Gucci, de que o novo mesmo é viver de nostalgia, há inúmeras previsões do que será a moda do próximo século. Defensora máxima dos materiais ecologicamente corretos – e do fim definitivo de qualquer produto de origem animal –, Stella McCartney talvez seja a dona da bandeira que realmente funcionará como divisora de águas no planeta fashion. Ou, ainda, a alçada por Demna Gvasalia, estilista da Vetements, em que a rua é que determina o que será visto na passarela. Independentemente de sua crença ou do estilista do coração, o estilo de vida da mulher futurista usa materiais hightech, preocupa-se com a questão do lixo e questiona o consumismo. Boa viagem!
Do lado esq., casaco Morena Rosa, R$ 1.000. Macacão Daura, R$ 849. Máscara acervo. Pochete Melissa, R$ 180. Botas Corcel.shop, R$ 1.200. Na outra pág., vestido, a partir de R$ 19.040, sobre macaquinho, a partir de R$ 9.870, capuz, a partir de R$ 3.280, e colar, a partir de R$ 15.060, Chanel
(Foto: Gustavo Zylbersztajn (SD MGMT))
Macacão Dimy, R$ 3.850. Óculos RVS para Visionari, R$ 3.300. Pulseira de mão Gucci, R$ 9.560. Tênis Louis Vuitton, R$ 4.300
(Foto: Gustavo Zylbersztajn (SD MGMT))
Vestido Rocio Canvas, R$ 759. Maiô Adriana Degreas, R$ 890. Chapéu, a partir de R$ 4.990, e luvas, a partir de R$ 4.390, Chanel. Botas Corcel.shop, R$ 1.200
(Foto: Gustavo Zylbersztajn (SD MGMT))
A esq., Colete, R$ 50.500, e calça, R$ 4.550, Louis Vuitton. A dir.,vestido Rober Dognani, R$ 4.800. Meias Lupo, R$ 36. Tênis Louis Vuitton, R$ 4.300
(Foto: Gustavo Zylbersztajn (SD MGMT))
Blusa, R$ 711, e calça, R$ 858, Molett. Pulseira de mão Gucci, R$ 7.080.
(Foto: Gustavo Zylbersztajn (SD MGMT))
Capa Reinaldo Lourenço, R$ 9.800. Terno, R$ 10.800, camisa, R$ 1.950, saia, R$ 4.900, calça, R$ 5.800, e gravata, R$ 1.350, Dolce & Gabbana. Braceletes Chanel, a partir de R$ 4.490. Bolsa Wish Me Luck, R$ 998. Tênis Louis Vuitton, R$ 4.300
Vestido, R$ 4.998, John John; óculos, R$ 760, Le Specs na Acaju do Brasil (Foto: Tauana Sofia)
Atualize o gatinho! Óculos escuros de shape sessentinha não precisam de acabamento sempre retrô para pontuarem sua produção. Uma leva de lançamentos dá update no modelo clássico através de lentes espelhadas, tons vibrantes no reflexo e armações de acetato coloridas para impacto imediato.
Para combinar, abuse de superfícies brilhantes com o efeito metálico de tops de paetês ou de acabamento reluzente em duo eletrizante. Na sequência, encontre o par e complemento que caem melhor com seu estilo. Mais opções estão também no board de acessórios do aplicativo Clooset, no fim da página.
Body, R$ 3.498, Bo.Bô; óculos, R$ 2.660, Louis Vuitton (Foto: Tauana Sofia)Blusa, R$ 13.880, Gucci; óculos, R$ 2.300, Gucci na GO Eyewear (Foto: Tauana Sofia)Camisa, R$ 5.450, De Goeye; óculos, R$ 200, Chilli Beans (Foto: Tauana Sofia)
Styling e produção de moda: Cristiano Oiwane e Neel Ciconello Beleza: Paula Kadija com produtos Nars Agradecimento: Maksoud Plaza
Xenia veste Blusa de cristais, vestido, máscara usada como boina e anel Gucci (Foto: Gil Inoue (One Stop MGT))
Nome: Xenia França, 30 anos, Candeias/BA
Estilo: afrojazz
Discografia: Xenia (2017)
Trajetória: Xenia deixou a Bahia para tentar a carreira de modelo em São Paulo. A decepção chegou quando descobriu que, nessa profissão, ser negra fechava-lhe as portas. A vida, no entanto, deu uma reviravolta quando começou a cantar na banda Aláfia – cult no cenário paulistano. Ali, seu visual black power era mais que bem-vindo. “A música me deu outros valores, apresentou outros caminhos”, acredita. “Cantar é muito poderoso, um fenômeno da natureza.”
Beleza: Casagrande (FS.AG) com produtos Sisley / Produtor de moda: Miguel Cuenca e Juliana Tambosi / Assistente de moda: Fabio Bogea e Jhon Helder / Assistentes de fotografia: Sophia Linares, Renato Gonçalves e Paulo Pompeia / Assistentes de beleza: Grasiela Paz e Pedro Tolentino / Tratamento de imagem: Bruno Rezende / Agradecimento: Cine Joia (locação) / Styling Heleno Manoel / Produção-executiva Vandeca Zimmermann
Para Alessandro Michele, diretor criativo da Gucci, estilistas e cirurgiões tem muito em comum. Os dois cortam e reconstroem materiais e tecidos para criar novas personalidades. E assim, uma sala de cirurgia foi o cenário do desfile de inverno 2019 da grife.
De Leonardo da Vinci, considerado a mente mais inovadora de todos os tempos, às técnicas mais modernas de impressão 3D, Michele foi fundo na inovação e na relação da moda com a ciência e a tecnologia. O desfile recebeu o nome de ciborgue – metade homem, metade máquina. A receita está dando certo: aqui no planeta terra, o faturamento da Gucci cresceu 50% no último ano.
Gucci: inverno 2019 (Foto: Reprodução/Instagram)
Livros para entender as referências de Alessandro Michele: – Leonardo da Vinci, por Walter I saacson (2017). Que livro, que personagem! – Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, DO israelense Yuval Noah Harare (?2015) – “Manifesto Ciborgue de Ciência, Tecnologia e Socialismo – Feminismo no final do século XX”, da acadêmica femininista, Donna Hardaway (1984).
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
As bolsas e sapatos que nos desculpem, mas nessa temporada fashion as meias são mesmo fundamentais. Em seu formato mais clássico, ou melhor dizendo, na função de meia-calça, passando pelas versões soquete, super cinquentinha, e chegando aos comprimentos 3/4 e 7/8, elas se consagram nesta temporada como o ‘it’ acessório da vez.
A onda, que se tornou febre depois do show outono-inverno 2017 da Gucci – e da sacada genial do diretor criativo da marca, Alessandro Michele – ganhou uma série de novos adeptos nesta temporada de moda milanesa. As da marca italiana, de seda ou de algodão – e que custavam na Europa e na estação anterior algo em torno EUR 150 – deram aos apaixonados por moda a esperança de atualizar o look. E, mais que tudo, sonhar com algo da marca que coubesse no bolso. Isso se compararmos o preço do acessório aos das bolsas e sapatos das grifes do segmento de alto-luxo, donos de valores quase dez vezes superiores.
Mas tudo para dizer que o luxo em forma de meias chega agora com as mais diversas assinaturas. A Fendi colocou seu xadrez e o característico tom “fendi” estampado na sua versão da peça. Muitas delas faziam parte de sapato, fazendo do acessório algo duplo e altamente confortável. Já a Dolce & Gabbana apostou em meias repletas de flores e altamente estampados. A Versace surgiu com a peça na versão grossa, quase legging, com meias inteiriças que recuperam a icônica estampa lenço da grife. A Gucci também voltou a jogar suas fichas na ideia, só que desta vez em versões mais calmas, de lurex, seda e sem o seu ‘G’ aparente. Até a Prada, sempre cool, não resistiu e resolveu apresentar sua releitura do acessório, deixando seu nome assinado em letras cursivas e entre modelos que passeavam pela altura dos joelhos.
Como usar Se no hemisfério norte o item confeccionado em materiais mais pesados acaba sendo parte essencial do look, graças aos outonos e invernos mais rigorosos, aqui no Brasil os modelos mais curtinhos e de materiais como seda devem ser sucesso total. Principalmente por ficarem lindos quando usados com sandálias decotadas e escarpins de recorte coração.
De qualquer forma, na hora de vestir suas meias para arrasar no dia a dia, pense em duas direções. As adeptas de looks mais clássicos podem e devem deixá-las como a grande estrela da produção, optando por roupas neutras e sapatos de superfície lisa. Valem os de couro normal, lustroso e até verniz. Lembre-se ainda de que versões escuras das meias ajudam enxugar as medidas, assim como bordados e trabalhos mais discretos produzem efeito semelhante.
Para as mais ousadas, meias repletas e detalhes funcionam com oxfords repletos de spikes, de couro tipo croco e até com bordados. Quanto as roupas, vale também investir na ideia do ‘tudo ao mesmo tempo agora’. Algo usado nas passarelas com frequência.
Beyoncé deu boas-vindas a Rumi e Sir em junho passado mas seu corpo já não mostra quase nenhuma evidência da gravidez gemelar. A cantora postou em seu perfil do Instagram várias fotos mostrando look justinho em azul e rosa que usou para sair, na madrugada de terça-feira.
Bey combinou legging rosa da Balenciaga com camisa da mesma marca (à venda por 995 libras, equivalente a R$4200). Some isso aos acessórios, que valem mais 4.250 dólares (quase R$13.400). Bey elegeu uma bolsa Gucci (um modelo parecido no site da marca sai por 3.500 dólares) e salto brilhante rosa Christian Louboutin (à venda por 775 dólares). No total, Bey vestiu R$17.600, sem contar o valor da calça e dos óculos escuros.
O veludo é, definitivamente, uma das apostas do inverno. Molhado, drapeado ou tradicional, despontou nas semanas de moda de Paris e nos desfiles de Milão. Para perder o ar de velharia, aposte em acessórios de efeito: sapatos, joias e pedrarias fazem par perfeito. Inspire-se nas peças abaixo e crie seu look.
Desfile outono-inverno 2017 da Dior (Foto: ImaxTree/Divulgação)Desfile outono-inverno 2017 Giorgio Armani (Foto: ImaxTree/Divulgação)Top cropped Rosa Chá no Shop2gether, R$ 300 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Sandália de veludo Azaleia, R$ 439 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Vestido de veludo Lilly Sarti na Farfetch, R$ 799 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Saia de veludo Maria Filó, R$ 469 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Bolsa com alça de metal Gucci, R$ 6.280 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Sapato de veludo Chanel, a partir de R$ 3.700 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Capa de veludo Emannuelle Junqueira, R$ 3.500 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Anel de ouro Dryzun, R$ 1.400 (Foto: ImaxTree/Divulgação)Brincos com acrílico Prada, R$ 1.470 (Foto: ImaxTree/Divulgação)
A coleção pré-fall mescla peças esportivas com outras glamourosas (Foto: Divulgação)
Nem estúdio de fundo infinito, nem top models ou bloggers consagradas como protagonistas. Um vasto time de dançarinos – e o début de modelos como Achok Majak, Elibeidy, Bakay Diaby, Nicole Atieno e Keiron Berton Caynes – marcam a campanha “Soul Scene”, que lança a nova coleção pré-fall Gucci.
O ensaio de moda, fotografado em clima de festa cool e com de pista de dança animadíssima, teve como inspiração a exposição londrina “Made You Look” de 2016, visitada por Alessandro Micheli, diretor criativo da marca, e que retratava a masculinidade e o dandismo negro. O trabalho de Malick Sibidé, fotógrafo de Mali e um dos integrantes da exibição, serviu também como um dos principais fios condutores para a construção das imagens da nova campanha Gucci.
A campanha foi inspirada nos retratos do artista Malick Sidibe´ (Foto: Divulgação)
Os cliques de Sibidé, capturados na noite dos jovens de Bamako, sua cidade natal, retratavam a autoexpressão de homens e mulheres, que desafiavam pela arte e dança, as convenções da sociedade. O autor das fotos da Gucci é o britânico Glen Luchford, amigo de longa data da grife e que recupera neste trabalho o espírito do movimento underground negro da Inglaterra da década de 60.
Os acessórios altamente decorados que devem se tornar hit (Foto: Divulgação)
Entre as tendências representadas no shooting estão looks super 80’s, sendo o sportswear a grande estrela da festa. Joggings, leggings e outras manias do universo esportivo revezam-se pela pista de dança. Ganham a companhia de peças paetizadas e até meias-calças logotipadas. Os acessórios, como não poderiam deixar de ser, roubam a cena. Ganham patches, mensagens de amor, grandes proporções e devem, em breve, se tornar o mais puro desejo.
A coleção pré-fall mescla peças esportivas com outras glamourosas (Foto: Divulgação)
Nem estúdio de fundo infinito, nem top models ou bloggers consagradas como protagonistas. Um vasto time de dançarinos – e o début de modelos como Achok Majak, Elibeidy, Bakay Diaby, Nicole Atieno e Keiron Berton Caynes – marcam a campanha “Soul Scene”, que lança a nova coleção pré-fall Gucci.
O ensaio de moda, fotografado em clima de festa cool e com de pista de dança animadíssima, teve como inspiração a exposição londrina “Made You Look” de 2016, visitada por Alessandro Micheli, diretor criativo da marca, e que retratava a masculinidade e o dandismo negro. O trabalho de Malick Sibidé, fotógrafo de Mali e um dos integrantes da exibição, serviu também como um dos principais fios condutores para a construção das imagens da nova campanha Gucci.
A campanha foi inspirada nos retratos do artista Malick Sidibe´ (Foto: Divulgação)
Os cliques de Sibidé, capturados na noite dos jovens de Bamako, sua cidade natal, retratavam a autoexpressão de homens e mulheres, que desafiavam pela arte e dança, as convenções da sociedade. O autor das fotos da Gucci é o britânico Glen Luchford, amigo de longa data da grife e que recupera neste trabalho o espírito do movimento underground negro da Inglaterra da década de 60.
Os acessórios altamente decorados que devem se tornar hit (Foto: Divulgação)
Entre as tendências representadas no shooting estão looks super 80’s, sendo o sportswear a grande estrela da festa. Joggings, leggings e outras manias do universo esportivo revezam-se pela pista de dança. Ganham a companhia de peças paetizadas e até meias-calças logotipadas. Os acessórios, como não poderiam deixar de ser, roubam a cena. Ganham patches, mensagens de amor, grandes proporções e devem, em breve, se tornar o mais puro desejo.